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Por Gazeta Online |
Moradores da cidade de São Mateus, no Norte do Espírito Santo, ficaram assustados com um grande número de casos de "carimbo", pessoas infectadas propositalmente com o vírus HIV. Filipe Duarte Santana, é apontado como responsável pela prática foi preso na última quarta-feira, 3 de junho.
Após várias denúncias, publicações em redes sociais e processos contra o jovem, a Polícia Civil do município realizou investigações e prendeu o "carimbador" através de um mandado. Ele foi transferido para o Centro de Detenção Provisório de São Mateus. A prisão foi confirmada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp).
A notícia, que se espalhou rapidamente pela cidade através de redes sociais, espantou algumas pessoas que recebiam a foto do jovem com a informação. "A casa caiu", dizia uma das mensagens em grupos de whatsapp. "Por quê?" perguntou o destinatário. "Ele estava passando Aids para a mulherada", foi a resposta.
Mensagem a respeito da prisão de "carimbador" assusta população. O delegado de plantão na Delegacia de São Mateus, Demetrius Vilar, explicou que a tipificação do crime do "carimbo" é controversa. O criminoso pode ser enquadrado no artigo 131 - como foi expedido o mandado do "carimbador" de São Mateus - que trata de "praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio".
Outra opção, de acordo com o delegado de plantão, é o artigo 129, como o crime praticado na cidade é tratado pelo Ministério Público, e se trata de "ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem quando se resulta em enfermidade incurável".
O delegado disse ainda que o jovem já respondia a processo pela prática. "Não fui eu quem atendeu à ocorrência, mas tomei conhecimento do caso porque ele já respondia pelo crime e, como houve indícios de que ele continuava com a prática, a Justiça expediu esse mandado contra ele", informou Demetrius.
Vilar explicou também que, até o momento, tomou conhecimento de apenas uma vítima do homem, mas que essa vítima teria citado outras mulheres também infectadas propositalmente.
Uma dupla irresponsabilidade. Foi irresponsável ao não se proteger, terminando por se contaminar. Agora novamente, expondo outras pessoas, ao praticar atos sexuais sem proteção, visando a infecção de outras pessoas, provavelmente fazendo-as crer que não era infectado.
ResponderExcluirMerece a punição que lhe for imputada.